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Alguns factos sobre Psicoterapia

 

A psicoterapia é uma actividade profissional, que apesar de ser uma prática comum em muitos países há muitos anos, era até há bem pouco tempo desconhecida da grande maioria dos portugueses. Não surpreende pois, que para muitos dos clientes que procuram ajuda de um(a) psicoterapeuta, não seja muito claro em que consiste uma psicoterapia, existindo  nomeadamente alguma confusão, causada pela comparação com a consulta médica.

A psicoterapia trata diversos problemas psicológicos, entre os quais a depressão, a ansiedade e as dificuldades de relacionamento com as outras pessoas são os mais comuns. É uma forma muito eficaz para a resolução de problemas psicológicos, mesmo daqueles que já existem há muitos anos.

O tratamento destes problemas é feito através de conversas semanais de 50 minutos com um psicoterapeuta (geralmente um psicólogo). A psicoterapia pode ocorrer em conjunto com um tratamento medicamentoso com ansiolíticos ou anti-depressivos. A não ser que existam problemas ao nível físico, estes medicamentos não curam os problemas, mas aliviam os sintomas. Nalguns casos, contudo, os medicamentos podem ser mesmo necessários para melhorar o funcionamento mental do cliente, de forma a possibilitar a psicoterapia.

Contrariamente ao que muitas pessoas  pensam, este tratamento não se resume a um conjunto de conselhos. Esta forma de ajuda também existe e chama-se aconselhamento psicológico.

A psicoterapia é um processo de exploração do funcionamento psicológico do cliente com a ajuda do terapeuta, levando a um maior auto-conhecimento em relação a factores como a influência dos acontecimentos na história pessoal, a personalidade e padrões de relacionamento interpessoal. Assim, este processo propõe ao cliente uma oportunidade de aprender  a comportar-se, a sentir e a pensar diferentemente, de forma a desenvolver uma maneira mais produtiva e feliz de estar na vida.

Um outro aspecto em que a psicoterapia é diferente do tratamento médico é que o cliente não se deve limitar a deixar-se  tratar, mas espera-se, outrossim,  que colabore activamente no processo. Muitas vezes é o cliente que traz o tema da sessão, sabendo ele/ela melhor que ninguém o peso dos factores que compõem a sua vida. Parte significativa do trabalho terapêutico é feita entre as sessões, reflectindo sobre e testando aquilo que foi dito na vida real. Para estimular esta actividade, o terapeuta muitas vezes pode prescrever «trabalhos de casa». Para realçar este papel activo, a pessoa que procura ajuda psicoterapêutica é chamada “cliente” e não paciente.

 

Fazer psicoterapia é um investimento

Fazer psicoterapia exige um investimento grande em  termos de tempo, dinheiro e disponibilidade mental.  Fazer psicoterapia às vezes é doloroso, e o reconhecimento da existência de problemas há muito negados pode fazer com que no início e mesmo em fases posteriores nos sintamos temporariamente pior.

Apesar de ser relativamente barato (uma consulta de 50 minutos custa geralmente menos que uma consulta médica de 15 minutos), esta verba tem que ser paga todas as semanas, ao contrário da consulta médica que, por norma, se paga esporadicamente..

Não  há que ter ilusões: fazer psicoterapia implica pagar outra “renda”. Contudo as mudanças podem influenciar positivamente quase todas as áreas da sua vida, como a sua família, a sua profissão, a sua saúde e o seu bem estar interior. São mudanças que terão a sua influência até ao fim da sua vida, e é também neste sentido que referimos que a psicoterapia é um investimento.

Dependendo do problema, um tratamento leva entre alguns meses e alguns anos. Não podemos esperar alterar uma maneira de estar na vida que existe há anos, em pouco tempo!

No entanto, ao fim de 3 meses, tem que ser claro  para o cliente que o tratamento está a ter efeitos positivos, senão deve considerar a hipótese de mudar de terapeuta.

 

Outras regras de funcionamento

Como foi explicado anteriormente, a psicoterapia é essencialmente um processo em que as conversas formam uma sequência em que temas relacionados são abordados progressivamente. É por esta razão que os intervalos entre as sessões, por sistema, não deverão ser superiores a uma semana; caso contrário, perde-se o sentido deste processo e leva-se muito tempo da sessão a retomar o tema.

Como as sessões são marcadas de hora a hora, tendo uma duração fixa de 50 minutos, as sessões começam e acabam mesmo a horas, de forma a não prejudicar os clientes seguintes. Por essa razão um atraso significativo da parte do cliente não pode ser compensado pelo terapeuta, nem que este o deseje.

Um aspecto algo polémico das psicoterapias é o pagamento obrigatório das sessões que não são desmarcadas com  antecedência. Só razões de absoluta força maior (p.e. acidente de carro) podem constituir uma excepção. Algumas outras razões invocadas para justificar uma falta , como sejam “o trânsito”, “ um esquecimento”, engano na hora/dia, trabalho da última hora ou mesmo doença, não são aceitáveis (a não ser com aviso de 24 horas!). Há duas razões para esta regra: a primeira é uma responsabilização máxima do cliente em assegurar e proteger a sua hora de terapia e a segunda é a protecção do terapeuta: o número de horas que um terapeuta humanamente pode exercer é limitado, e as 24 horas permitem a marcação de um outro cliente sem prejuízos para o terapeuta e com benefícios para outra pessoa. Admite-se que  ocasionalmente isto pode levar a uma situação injusta para o cliente que de facto não consegue mesmo avisar 24 horas antes, mas julga-se que as vantagens se sobrepõem a esta desvantagem.

Muitas vezes, depois de ter acabado uma psicoterapia, os clientes voltam durante períodos curtos para resolver novas circunstâncias que surgiram. De alguma forma uma psicoterapia nunca acaba, porque a procura de qualidade de vida nunca acaba. Psicoterapia pode-se fazer em qualquer fase da vida. No entanto, quanto mais cedo melhor, uma vez que se aproveita o investimento durante mais tempo.